Deputados do PT na Alep apoiam decisão do CNJ sobre afastamento de magistrados da Lava Jato

Na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), parlamentares da Oposição/Bloco PT-PDT expressaram seu apoio à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, sob a liderança do corregedor Luís Felipe Salomão, determinou nesta segunda-feira (15/04) o afastamento da juíza Gabriela Hardt e de três juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os magistrados foram afastados devido a graves irregularidades processuais e abusos de autoridade relacionados à Operação Lava Jato.

Posicionamento dos deputados estaduais

Renato Freitas (PT) endossou a decisão do CNJ, criticando a ex-juíza Hardt por suas ações que visavam politicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado estadual salientou que o afastamento comprova que as violações cometidas por ela e outros juízes alteraram significativamente o curso político no Brasil. “O CNJ reconheceu os diversos crimes cometidos por ela [Gabriela Hardt] no objetivo, no desejo maior de criminalizar o Lula e acabar com o comunismo fantasioso que só existe na cabeça dessa gente ignorante”, afirmou Renato Freitas.

Arilson Chiorato (PT), vice-líder da Oposição na Alep, respondeu à notícia com uma iniciativa legislativa, propondo a revogação do título de Cidadão Honorário do Paraná, anteriormente concedido ao desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. O deputado argumentou que é essencial que a Alep não honre indivíduos que usaram suas posições judiciais para fins políticos e prejudicaram o interesse público.

“Não podemos mais uma vez usar a Casa do povo paranaense para validar títulos a pessoas que, agora, estão explicitamente envolvidas em combinações contra o povo brasileiro, contra a economia brasileira e que praticaram politicagem”, disse Arilson Chiorato.

Professor Lemos (PT), líder do Bloco PT-PDT reconheceu o esforço do CNJ em corrigir o que ele descreveu como um abuso sistêmico do poder judicial, que tinha se tornado uma ferramenta de perseguição política, uma prática conhecida como “lawfare”. Ele enfatizou a importância da decisão para prevenir futuras injustiças e restaurar a confiança na imparcialidade do judiciário brasileiro: “Lawfare é usar a justiça para fazer guerra política e é exatamente sobre isso as correções que estão sendo feitas pelo STF e pelo CNJ”.

Gabriela Hardt, ex-titular da 13ª vara de Curitiba — Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo

Implicações da decisão do CNJ

Essa decisão do CNJ tem como objetivo restaurar a integridade e a confiança no sistema judicial, abordando diretamente as ações de Gabriela Hardt, Thompson Flores, Loraci Flores de Lima e Danilo Pereira Júnior, que comprometeram a ordem processual e violaram o código da magistratura. O movimento é visto como um passo essencial na luta para assegurar um judiciário livre de influências políticas.

O afastamento dos magistrados é um marco importante para o sistema judicial do Brasil, destacando a necessidade de uma justiça transparente e equitativa. A reação dos parlamentares destaca a urgência de reformas contínuas e profundas no sistema judicial para garantir que ele sirva adequadamente como um pilar da democracia e um protetor dos direitos civis em todo o país.