“Perdas salariais da Educação chegam a quase 40% no Governo Ratinho”, denuncia deputado Arilson

Foto: Alep

O congelamento da revisão salarial anual de professores e funcionários de escolas públicas do Paraná foi denunciado na terça-feira (14), pelo deputado Arilson Chiorato (PT) durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). De acordo com o parlamentar, as perdas salariais chegam a quase 40%, ou mais precisamente de 39,44%. O valor corresponde a soma da inflação dos últimos 12 meses com os percentuais da data-base que não foram pagos desde 2017.

Na avaliação do deputado, as perdas inflacionárias impactam diretamente a qualidade de vida dos funcionários públicos e até a economia local, em especial nos pequenos municípios. Por outro lado, o parlamentar questionou a prestação do Governo Ratinho, que tem apresentado números positivos na propaganda, dado incentivos fiscais a grandes grupos econômicos, ao mesmo tempo em que não respeita direitos básicos, como a reposição salarial dos servidores. “Ratinho Jr. é um Robin Hood às avessas! Enquanto trata os servidores do Paraná com “porrada”, para os megaempresários é só “carícias””.

“Os servidores do Estado lutam pelo reajuste salarial, que já está 39% defasado, e são ignorados pelo governador. Já os megaempresários amigos de Ratinho Jr. são agraciados com uma renúncia fiscal de R$ 20,4 bilhões! Revoltante!”, exclamou o parlamentar, que citou que o governador desrespeita tanto a Constituição Federal quanto a Lei nº 15.512, de 31 de maio de 2007, que regulamenta a data-base no Paraná. Segundo a lei, o dia 1º de maio de cada ano seria a data para a realização dos reajustes e vencimentos das carreiras estatutárias do Poder Executivo paranaense.

O deputado Arilson pontuou ainda a discrepância entre as informações usadas em peças publicitárias e as que embasam o argumento que não seria viável economicamente o reajuste. “Na propaganda mostra o Paraná com o sexto maior PIB (Produto Interno Bruto), que é a quarta maior economia, que goza de uma saúde financeira invejável, mas esse discurso contradiz com o dia a dia, quando alega falta de dinheiro para o reajuste dos servidores. Aponta para um lado, mas caminha pelo outro”, disse.

“Até quando o governador vai se recusar a ouvir os servidores, os seus sindicatos, os seus representantes? É o servidor público quem carrega o estado e faz o estado funcionar. Sem servidor público não tem educação, não tem saúde, não tem segurança. Por que os servidores são tão maltratados? Não tem reajuste para eles, mas tem renúncia fiscal para os amigos do clube do vinho”, comparou.

“Não é que não tem dinheiro para a data-base, não tem é vontade política e não tem disposição. Nós não vamos acatar essas mentiras. Eu tenho denunciado, nessa tribuna, de forma frequente, o descompasso entre a projeção orçamentária e execução do orçamento. Todo ano tem bilhões em excesso de arrecadação por conta que se prevê abaixo para depois usar de forma livre. Uma vergonha e um desrespeito com o povo paranaenses e, neste momento, de maneira especial com os servidores”.

Deputados da Oposição propõem lei para enfrentar crise climática no Paraná

Proposta reconhece crise climática e define ações concretas para redução de emissões

Em outubro de 2023, uma enchente atingiu União da Vitória, elevando o nível do Rio Iguaçu a oito metros – Foto: Jonathan Campos/AEN

O Projeto de Lei (PL) 136/2024, apresentado pelo deputado Goura (PDT) e apoiado por parlamentares da Oposição na Assembleia Legislativa (Alep), reconhece oficialmente o estado de emergência climática no Paraná. A proposta tem como objetivo mobilizar recursos e coordenar esforços entre governo, sociedade civil e setor privado para enfrentar os desafios climáticos. A emergência climática exige ações imediatas para reduzir a mudança climática e evitar danos ambientais e sociais irreversíveis.

“A crise climática não é só um tema de filmes de catástrofe e nem daqueles com distopias que mostram uma cidade, um país ou o mundo como um lugar praticamente inabitável e onde a paisagem parece um deserto muito árido e interminável. Essa ameaça é real. O futuro da vida no planeta pode estar comprometido por conta da forma como a humanidade tem tratado o planeta ao promover o aquecimento global se mantivermos o ritmo atual de emissões de gases de efeito estufa. Diante dessa situação gravíssima, protocolamos em março o Projeto de Lei 136/2024, que reconhece o estado de emergência climática no Estado do Paraná e adota metas para seu enfrentamento”, disse Goura.

Contexto atual das enchentes no Rio Grande do Sul

Com duas mortes confirmadas na segunda-feira (13), o Rio Grande do Sul chegou a 147 vítimas dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. Segundo a Defesa Civil, até então ainda havia 127 desaparecidos, além de 806 feridos.

Mais de 600 mil habitantes do estado gaúcho foram afetados, com milhares desalojados e em abrigos. Essa tragédia serve como um lembrete doloroso dos efeitos devastadores das mudanças climáticas, enfatizando a necessidade urgente de ações preventivas.

A situação no Paraná

Enquanto o Paraná busca enfrentar a emergência climática, o estado segue sem um Plano de Segurança em Barragens — um projeto de autoria do Líder da Oposição, o deputado Requião Filho (PT), apresentado em 2019 ainda aguarda entrar em pauta na Alep.

Com uma estimativa de 450 barragens no estado, pouco se sabe sobre as condições da maioria delas e se oferecem risco à população. Em novembro de 2022, as rodovias do Paraná sofreram com fortes chuvas, resultando em bloqueios nas BRs 277 e 376. No início de 2023, a cidade de Bandeirantes enfrentou uma grave inundação após o transbordamento de represas e barragens. Em outubro de 2023, uma enchente atingiu União da Vitória, elevando o nível do Rio Iguaçu a oito metros, afetando mais de 3,2 mil casas e desalojando cerca de 9 mil pessoas.

Enchente que atingiu União da Vitória deixou 9 mil pessoas desalojadas – Foto: Jonathan Campos/AEN

Requião Filho alertou para a urgência do projeto e a necessidade de criar um Departamento de Mapeamento de Riscos Geológicos.

“Quantas pessoas precisam morrer para este Governo se mexer? Não podemos deixar a população à mercê da sorte, precisamos trabalhar com a prevenção. Precisamos de um departamento permanente, formado por engenheiros e geólogos, focado no estudo, monitoramento e mapeamento de áreas de risco. Ações que todo gestor público tem a obrigação de fazer, mas sequer nosso projeto aqui na ALEP é colocado em pauta,” lamentou o deputado nesta terça-feira (14).

Solidariedade e proposta

Na semana passada, o deputado Arilson Chiorato (PT) propôs a criação do Código Estadual para Emergência Climática e Defesa Civil. O intuito é justamente priorizar a tramitação na Alep de projetos voltados à prevenção de desastres naturais, proteção ambiental e soluções rápidas para situações de emergência.

“O momento é, em primeiro lugar, de solidariedade ao Rio Grande do Sul, mas também de alerta. Ninguém está imune a eventos climáticos extremos, por isso, precisamos pautar esse assunto, discutir os projetos e uma legislação específica”, sugeriu. ”, sugeriu o Vice-líder da Oposição, Arilson Chiorato. 

Leia também: Lemos se solidariza com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e condena fake news

PL 136/2024: metas e ações para redução de emissões

Para atingir a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa até 2050, conforme os compromissos do Brasil no Acordo de Paris, o projeto de lei de Goura estabelece metas de redução de 48,4% nas emissões líquidas em comparação com 2005 até 2025, e de 53,1% até 2030.

Essas metas orientarão a execução da Política Estadual sobre Mudança do Clima. A restauração florestal é uma estratégia fundamental, pois pode sequestrar até um terço do carbono emitido atualmente pelo estado. As ações para enfrentar a emergência climática devem ser baseadas nos princípios da equidade, participação e proteção dos direitos fundamentais, especialmente das populações mais vulneráveis aos impactos climáticos.

O reconhecimento da emergência será considerado em todas as decisões do poder público estadual e municipal, integrando as ações federais. É essencial que as iniciativas promovam justiça climática, beneficiando a todos de maneira justa e igualitária.

Compromisso com um futuro sustentável

Desde a publicação da Política Estadual sobre Mudança do Clima em 2012, o Paraná não obteve uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa, mantendo uma média de quase 70 milhões de toneladas anuais. Ou seja, o Projeto de Lei 136/2024 é um passo decisivo para mudar esse cenário e alinhar o estado com os objetivos globais de combate às mudanças climáticas.

Com a reativação do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas e a elaboração de um Plano de Ação Climática, o Paraná retoma ações essenciais para garantir um futuro sustentável e seguro para suas gerações presentes e futuras. O apoio ao PL 136/2024 é fundamental para proteger os cidadãos, os ecossistemas e a economia do estado contra os impactos das mudanças climáticas.

A emergência climática é uma questão de justiça social e econômica, e é urgente que o Paraná adote medidas eficazes para enfrentar essa crise global. Por isso, a Bancada de Oposição reafirma seu compromisso com um futuro sustentável para o Paraná. A aprovação do Projeto de Lei 136/2024 é uma medida necessária para assegurar que o estado possa enfrentar as mudanças climáticas de maneira eficaz, promovendo a justiça social e econômica.

É imprescindível que o governo e a sociedade se unam para implementar ações concretas que protejam as gerações presentes e futuras dos impactos devastadores do aquecimento global. A luta pela sustentabilidade e pela justiça climática é uma prioridade que não pode ser adiada. Juntos, podemos construir um Paraná mais justo, seguro e ambientalmente responsável.

Ameaças de morte contra deputado Renato Freitas mobilizam ação urgente na Alep

Parlamentares de Oposição exigem proteção imediata para Renato Freitas após deputado receber graves ameaças

Foto: Orlando Kissner/Alep

Deputados de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) exigiram proteção imediata para o colega, Renato Freitas (PT), após ele receber graves ameaças de morte ligadas à sua atividade parlamentar. O Vice-líder da Oposição, Arilson Chiorato (PT), iniciou o requerimento urgente — protocolado nesta quarta-feira (8) — que pede medidas concretas para garantir a segurança física e emocional de Freitas.

Renato Freitas relatou que as ameaças provêm tanto de interações em redes sociais quanto de encontros diretos, enfatizando a conduta agressiva de algumas forças de segurança durante eventos públicos.

“Estou sofrendo ameaças. A PM invadiu um assentamento do MST, ameaçando pessoas e também a mim, apesar de minha ausência no local”, denunciou Freitas.

Arilson Chiorato expressou sua preocupação com a situação e insistiu na necessidade de apuração e responsabilização dos autores das ameaças. “É essencial garantir a segurança pessoal do deputado Renato Freitas. As denúncias devem ser investigadas com seriedade”, afirmou Chiorato.

O líder do Bloco PT-PDT, Professor Lemos (PT), também reforçou a urgência do pedido de proteção. “Não podemos permitir qualquer tipo de ataque ou intimidação ao deputado Renato Freitas, especialmente ameaças vindas de policiais. Isso é inadmissível”, destacou Lemos.

Detalhes do requerimento

O requerimento submetido à Procuradoria Parlamentar da Alep solicita que todas as medidas necessárias sejam tomadas para defender Renato Freitas, incluindo proteção pessoal pela Casa Militar da Assembleia. Além disso, caso as medidas iniciais não sejam suficientes, solicita-se a intervenção do Poder Executivo do estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública e da Casa Civil, para investigar e neutralizar as ameaças.

Resposta institucional necessária

Esse incidente atraiu a atenção das Comissões de Igualdade Racial e de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná (OAB/PR), que reconhecem a gravidade da situação e a necessidade urgente de uma resposta eficaz e transparente para enfrentar e prevenir tais ameaças.

A mobilização dos deputados de Oposição reflete um compromisso firme com a democracia e com o livre exercício dos mandatos parlamentares em um ambiente seguro, sublinhando a importância de uma vigilância contínua e de respostas institucionais robustas contra qualquer forma de violência ou intimidação política.

O caso serve como um chamado crítico para todas as partes envolvidas nas operações da Alep e no governo estadual para assegurar que o ambiente político permaneça protegido contra atos de violência e intimidação, garantindo assim a continuidade dos princípios democráticos fundamentais.

Deputado Arilson propõe Código Estadual para Emergência Climática e Defesa Civil

Foto: Alep

A tragédia no Rio Grande do Sul chama a atenção para as consequências ocasionadas pelas mudanças climáticas. O deputado Arilson Chiorato (PT) propôs, na segunda-feira (06), a criação do Código Estadual para Emergência Climática e Defesa Civil. O objetivo é priorizar a tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) de projetos que visam à prevenção de desastres naturais, proteção ambiental e também legislação focada em soluções rápidas para situações de emergência.

“Assim como foi feito com o Código do Consumidor, do Autismo e em Defesa da Mulher, a proposta é reunir todas as leis e projetos relacionados a eventos climáticos e discuti-los. O papel do Legislativo, neste caso, é criar políticas públicas para amenizar a gravidade de acontecimentos extremos”, pontuou.

A iniciativa, de acordo com o parlamentar, é uma maneira também de dar agilidade ao Governo, desburocratizando medidas para promover soluções rápidas. “O momento é, em primeiro lugar, de solidariedade ao Rio Grande do Sul, mas também de alerta. Ninguém está imune a eventos climáticos extremos, por isso, precisamos pautar esse assunto, discutir os projetos e uma legislação específica”, sugeriu. A proposta foi bem recebida pelo presidente da Casa, Ademar Traiano, que sinalizou de forma positiva.

Segundo o deputado Arilson, vários projetos estão em tramitação na Alep e precisam ganhar celeridade. “Por exemplo, de minha autoria, tem uma matéria que acabou de ser aprovada na CCJ e Comissão de Meio Ambiente, que trata da contenção de enchentes e reaproveitamento de água. Precisamos discutir esses temas com urgência, assim como a transição da matriz energética. O modelo atual está superado, precisamos investir em opções, como energia solar, eólica e hidrogênio verde”.

“Todos nós precisamos contribuir um pouco, discutir com afinco esse tema e criar medidas para auxílio e socorro, sem burocracia, para políticas que previnam ou diminuem danos, quando ocorrer uma situação dessa. Além disso, será necessário incluir investimentos regulares em treinamento de equipes, infraestrutura, entre outras ações”, propôs.

Crise fiscal no Paraná: estado está entre os piores do Brasil, revela Firjan

Com um déficit orçamentário de R$ 3,5 bilhões, Paraná ocupa a 4ª posição no ranking de pior situação fiscal do país

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) destacou a gravidade da situação fiscal do estado, citando o recente relatório da Firjan. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o Paraná enfrenta um dos maiores desafios fiscais do Brasil, com um déficit previsto de R$ 3,5 bilhões para 2024, só superado por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.

Requião Filho, Líder da Oposição, aborda a crise

Para Requião Filho (PT), Líder da Oposição, a realidade fiscal do Paraná diverge significativamente das promessas governamentais.

“A propaganda do governo apresenta uma série de conquistas ilusórias. Porém, os fatos mostram que estamos entre os estados com pior desempenho fiscal no Brasil. Isso reflete diretamente no bolso da população, com aumento nos custos de serviços básicos e a retomada de medidas impopulares como o pedágio. Precisamos de transparência e gestão eficaz para superar essa fase”, enfatiza o deputado.

O relatório da Firjan e o contexto paranaense

O estudo da Firjan, baseado nos dados enviados pelos estados à Secretaria do Tesouro Nacional, critica a estratégia de elevação de impostos adotada por diversos estados, incluindo o Paraná.

Nos últimos dois anos, o Paraná aumentou a alíquota modal do ICMS de 18% para 19,5% — uma medida que, segundo o relatório, não conseguiu resolver o problema do déficit.

Bancada de Oposição reforça a crítica

Arilson Chiorato (PT), Vice-líder da Oposição, critica o governo estadual pela contradição entre osdados econômicos apresentados e as medidas fiscais adotadas.

“O governo fala em crescimento do PIB, mas ao mesmo tempo aumenta impostos alegando necessidade de equilíbrio fiscal. Este ano, o estado renunciou a quase R$ 21 bilhões em receitas fiscais, favorecendo apenas um grupo restrito e deixando de investir em áreas essenciais.”

Ana Júlia (PT) também aponta a política de desonerações fiscais como uma das causas da crise. “As desonerações concedidas a grandes empresas ultrapassam R$ 20 bilhões, enquanto a população sofre com altas taxas de ICMS e falta de investimentos em áreas vitais como educação e infraestrutura.”

Alerta sobre a gestão do patrimônio estadual

A deputada Luciana Rafagnin (PT) acrescenta uma dimensão crítica sobre a gestão dos ativos estaduais. “O governo Ratinho dilapidou o patrimônio do estado, vendendo a Copel e prometendo investimentos que nunca se concretizaram. Hoje, a realidade mostra uma incapacidade de gestão que ameaça levar o Paraná a um colapso ainda maior. O déficit orçamentário é um reflexo de uma administração que vive de propaganda, enquanto a população sofre com a péssima qualidade dos serviços públicos, como o fornecimento de luz e a manutenção das estradas.”

Dr. Antenor (PT) adiciona: “Renúncia fiscal de R$ 20,8 bilhões em 2024, com 94% proveniente do ICMS, retirando R$ 19,7 bilhões do orçamento. O problema não é a renúncia em si, mas a falta de transparência do governo em divulgar quais empresas são beneficiadas.”

Goura (PDT) ressalta a necessidade de uma gestão mais qualificada dos recursos públicos.

“Não podemos continuar com soluções simplistas para problemas complexos. O desafio real é melhorar a qualidade do gasto público, algo que o governo tem evitado enfrentar, resultando em ajustes orçamentários constantes que afetam a eficácia das políticas públicas”, diz Goura.

Essa análise profunda da situação fiscal paranaense pela Bancada de Oposição busca fomentar um diálogo aberto sobre as soluções necessárias para a recuperação financeira do estado, insistindo na transparência e no planejamento efetivo como fundamentais para superar a crise atual.

Lembrança e luta: 9 anos do massacre do Centro Cívico

Um olhar crítico sobre um dos dias mais sombrios na história de Curitiba, onde a violência do estado marcou a vida de centenas de servidores

Foto: Rodrigo Félix Leal

Em 29 de abril de 2015, o Centro Cívico de Curitiba não foi apenas o centro administrativo do Paraná, mas também o palco de uma repressão violenta e desmedida contra servidores públicos que protestavam pacificamente. Conhecido como o “Massacre do Centro Cívico”, esse dia viu quase 200 pessoas feridas pela ação direta da Polícia Militar, sob ordens do governo estadual.

Os manifestantes, que incluíam professores e outros funcionários públicos, reuniram-se para protestar contra mudanças prejudiciais nas políticas de aposentadoria propostas pelo governador à época.

Respostas e repercussões

A reação do governo diante dos protestos pacíficos foi desproporcional e chocante. Aprovadas às portas fechadas, as mudanças na previdência dos servidores desencadearam um protesto legítimo, que foi recebido com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e até ataques aéreos.

Esse episódio não só marcou os afetados mas também manchou a imagem do governo, demonstrando uma falha grave no respeito aos direitos de reunião e expressão. A autorização para tal nível de força contra civis desarmados revelou uma falta de compromisso com o diálogo e a democracia.

O tratamento dos feridos e a cobertura da mídia local, especialmente as reportagens que detalharam a brutalidade da ação policial, ajudaram a mostrar a severidade dos eventos daquele dia. A repercussão foi vasta, com críticas severas ao governo estadual e apelos por justiça e responsabilização.

Rumo à justiça e à mudança

Anos após o Massacre do Centro Cívico, continuamos a lembrar e refletir sobre as lições aprendidas. A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) reafirma seu compromisso com a justiça, transparência e o respeito aos direitos dos trabalhadores.

Seguimos vigilantes para assegurar que atos de violência como o ocorrido nunca se repitam. Nossa memória é nossa arma mais poderosa na luta contínua pela democracia e justiça social.

Bancada de Oposição critica aumento de professores temporários no Paraná, que chegam a 51%

Levantamento do Todos pela Educação expõe crise na educação paranaense

Foto: SEED-PR

O cenário educacional no Paraná enfrenta uma situação alarmante, conforme revelado por um recente levantamento do Todos pela Educação, uma organização da sociedade civil. A pesquisa, publicada nesta quinta-feira (25) pelo G1, aponta que o número de professores temporários nas redes estaduais de ensino do Brasil superou o de professores efetivos. Essa tendência levanta sérias preocupações sobre a estabilidade e a qualidade da educação no estado. No Paraná, 50,9% dos professores são temporários — ou seja, mais da metade.

De acordo com o estudo, cujos dados analisados foram extraídos da base do Ministério da Educação (MEC), a contratação de professores temporários que deveria ser uma exceção para casos específicos, tornou-se a norma no país. Essa prática não só supre uma necessidade imediata, mas também se estabeleceu como uma estratégia para formar o quadro fixo de professores do Brasil, com 43,6% dos temporários atuando há mais de uma década na profissão.

Uma tendência preocupante

Requião Filho (PT), Líder da Oposição, enfatiza a gravidade dessa prática.

“A situação da Educação no Paraná é profundamente preocupante. A precarização do serviço público vem avançando há pelo menos uma década, e a contratação de professores temporários, que deveria ser uma exceção, agora impede o progresso na carreira docente e reflete diretamente na qualidade do ensino,” declara.

O vice-líder da Oposição, Arilson Chiorato (PT), reforça essa visão crítica. “É evidente que essa estratégia de contratações temporárias não é apenas um paliativo, mas uma política deliberada que compromete severamente a educação no nosso estado,” afirma Chiorato, ampliando a denúncia sobre as políticas educacionais vigentes.

Luciana Rafagnin (PT) reprova a política de contratação temporária do governo. “Esse modelo mostra como o governo trata a educação e os servidores estaduais. É uma política que alimenta a instabilidade e compromete a relação dos educadores com a comunidade escolar, essencial para um ensino de qualidade,” diz.

Consequências da precarização para a Educação Especial

Dr. Antenor (PT) aponta para as consequências na Educação Especial, uma área particularmente sensível às mudanças no corpo docente.

“Na Educação Especial, como nas APAES [Associação Pais e Amigos dos Excepcionais], o constante rodízio de professores prejudica o desenvolvimento dos alunos. Os contratos temporários não apenas afetam a continuidade do ensino, mas também ignoram os direitos dos professores,” comenta.

Exigências por mudanças e valorização dos professores

Outros deputados da Oposição também expressam sua preocupação. Renato Freitas (PT) lembra que o Plano Nacional de Educação previa um quadro majoritariamente efetivo que não se concretizou. “Precisamos garantir condições dignas de trabalho para que os educadores possam exercer sua profissão com segurança financeira,” afirma.

Goura (PDT) critica a gestão atual do governo. “Nos últimos seis anos, a precarização do serviço público, especialmente na Educação, tem sido intensificada, comprometendo a qualidade do serviço oferecido às nossas comunidades,” declara.

Professor Lemos (PT) e Ana Júlia (PT) enfatizam a importância da valorização dos profissionais da Educação como essencial para a melhoria da qualidade do ensino público.

“Nossa luta é para garantir que os professores tenham carreira, salários e benefícios justos, o que é crucial para a qualidade da educação que oferecemos”, afirma Professor Lemos.

Ana Júlia acrescenta: “É inaceitável que mais da metade dos professores no Paraná sejam temporários. Isso reflete a falta de compromisso do governo com a educação de qualidade e com a estabilidade dos educadores.”

Essas declarações reforçam a crítica da Bancada de Oposição à política educacional do Governo do Paraná, destacando a urgência de revisar e melhorar as práticas de contratação para assegurar a excelência e a continuidade da Educação no estado.

Copel não paga acordo trabalhista, mas aumenta salários de diretores em 429%

Foto: Orlando Kissner/Alep

As prioridades da atual gestão da Companhia Paranaense de Energia (Copel), privatizada em 8 de agosto de 2023, têm chamado a atenção. Na última segunda-feira (22/04), durante Assembleia Geral foi aprovado um novo aumento de orçamento para a diretoria, atingindo R$ 60 milhões. Com isso, o salário do diretor-presidente pode chegar a R$ 380 mil. Ao mesmo tempo, a empresa se nega a pagar direitos básicos aos trabalhadores, como o Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Desde a privatização, os salários da alta cúpula da Copel já aumentaram 429%. Neste período, o orçamento destinado à diretoria saltou de R$11,38 milhões para R$60, 1 milhões. O caso foi exposto pelo deputado Arilson Chiorato (PT) na tarde desta terça-feira (23/04) durante uso da tribuna na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O parlamentar, que classificou como desprezível a manobra da atual gestão da Copel, relembrou que a empresa reluta em cumprir o PDV de 2.994 trabalhadores. “Não tem dinheiro para cumprir com um acordo coletivo, de pagar direitos básicos, mas em menos de um ano, aumentaram os salários dos gestores em 50%. Em dezembro de 2023, o valor destinado de R$11,38 milhões saltou para R$17, 08 milhões”, pontuou.

“Segunda, dia 22 de abril, aumentaram de novo! Só que dessa vez subiram 252%, passando para R$ 60,1 milhões anuais. Isso significa que o diretor-presidente da Copel, o senhor Daniel Pimentel Slaviero, que ganhava R$ 72,5 mil em novembro de 2023, pode chegar a receber R$ 382,8 mil por mês! E os diretores, que ganhavam R$ 61,4mil podem chegar a receber R$324,4 mil mensais”, expôs os altos salários da cúpula da atual gestão da Copel.

Diante dos sucessivos aumentos, o deputado Arilson questionou como foi o voto do Governo do Estado, que se mantém como maior acionista da Copel, durante a última assembleia. “O governador falava na campanha que ia vender a Copel para acabar com a mamata, com indicação política, mas o que estão fazendo agora? O diretor-presidente é irmão do pré-candidato a prefeito de Curitiba (Eduardo Pimentel), candidato que tem o apoio do atual governador. É revoltante. Você, que está sofrendo com quedas de energia no interior e com aumento da conta de luz, saiba que o valor a mais que está pagando vai para o salário desse pessoal”, disse.

O parlamentar, em sua fala, frisou que os argumentos usados para vender a Copel não passaram de estratégia de marketing. “O discurso de enxugar a máquina, de fazer a estatal um suprassumo da eficiência, da moralidade, será mesmo? Acredito que tudo não passou de mais uma peça publicitária, que primeiro desqualificou uma empresa pública, que prestava um bom serviço e superavitária, para entregá-la ao mercado, que tem sucateado os serviços e sobrecarregado os trabalhadores”, ressaltou.

OPOSIÇÃO EM FOCO: reflexões e avanços na Assembleia Legislativa do Paraná

Confira as discussões e propostas da Liderança de Oposição na Alep durante a semana

Em meio a um cenário político que exige vigilância e participação ativa, a Liderança de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) continua a ser uma voz crucial para a transparência, justiça e inclusão. Esta semana foi particularmente intensa, com uma série de propostas e debates que visam não apenas melhorar a governança, mas também proteger os direitos e a dignidade de todos os paranaenses.

Nosso compromisso em defender o público contra as injustiças e promover uma política mais ética nunca foi tão evidente. Aqui estão alguns dos principais desenvolvimentos que marcaram a nossa atuação:

Reflexão crítica
Deputado Arilson Chiorato discute a absolvição de Sergio Moro e suas implicações profundas para a democracia em seu novo artigo.

Apoio a decisões justas
Nossa bancada apoia firmemente a decisão do CNJ que resultou no afastamento de magistrados envolvidos em controversas ações da Operação Lava Jato.

Defesa dos direitos locais
Continuamos a lutar pela isenção de pedágio para os moradores da Lapa, garantindo um acesso mais justo e equitativo às vias locais.

Foto: Valdir Amaral/Alep

Proteção das normas
Opomo-nos às tentativas de flexibilizar as normas de conduta no MP-PR, mantendo a integridade do nosso sistema judicial.

Discussões legislativas
Os debates sobre a legalidade das multas por uso de drogas ainda estão em curso, refletindo nosso compromisso com as implicações legais e de saúde pública.

Proteção ao consumidor
Requião Filho ressalta a importância de medidas adicionais para proteger os idosos contra explorações em contratos de empréstimo.

Foto: Valdir Amaral/Alep

Promoção da saúde
Aprovamos um projeto para aumentar a conscientização sobre o infarto, liderado pelo Dr. Antenor, reforçando nossa dedicação à saúde pública.

Ação ambiental
Ana Júlia toma medidas para que o Ibama investigue a morte de bichos-da-seda causada por agrotóxicos em Cruzeiro do Sul.

Impulso econômico
Celebramos a reabertura da FAFEN-PR como uma vitória para a economia local, graças aos esforços de Ana Júlia e Professor Lemos.

Foto: Divulgação

Desenvolvimento de infraestrutura
O fortalecimento do transporte aéreo regional é discutido em uma reunião com a Infraero, com a participação do deputado Arilson.

Inclusão nas políticas públicas
O projeto que estabelece cotas para indígenas em concursos públicos, proposto por Goura, ganha destaque na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Foto: Rafael Bertelli

Preparação para debates futuros
Uma audiência pública para discutir os efeitos nocivos dos agrotóxicos está agendada para a próxima segunda-feira (22).

Mantenha-se informado e engajado com nossas atualizações

À medida que avançamos, é fundamental que mantenhamos o diálogo aberto e nos envolvamos ativamente com a política do nosso estado. As iniciativas desta semana demonstram a persistência da Bancada de Oposição em moldar um Paraná mais justo e equitativo. A cada passo, reafirmamos nosso compromisso com a integridade, a justiça social e a inclusão.

Acompanhe nossas atividades e mantenha-se informado sobre os desenvolvimentos futuros, seguindo nosso blog e as redes sociais.

Sua participação é essencial na nossa jornada para garantir um governo responsável e transparente. Juntos, construiremos um futuro promissor para todos no Paraná.

Na Infraero, deputado Arilson discute fortalecimento aéreo regional

Foto: Vanuza Borges/Assessoria deputado Arilson Chiorato

O deputado Arilson Chiorato (PT) esteve ontem, quarta-feira (17/04), em Brasília, onde cumpriu agendas com foco em demandas de diferentes setores paranaenses. O primeiro compromisso foi na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na pauta, projetos para fortalecer e ampliar a infraestrutura aeroportuária regional.

A reunião na Infraero contou com a presença do diretor comercial, Tiago Faierstein. “Tratamos de possíveis ações para fortalecer o transporte aéreo regional no Paraná, em especial, nos municípios do interior. Estreitar o relacionamento com diferentes setores do Governo Federal e buscar soluções para o desenvolvimento do Paraná é um dos meus compromissos enquanto parlamentar”, pontua o deputado Arilson.

Reunião no Ministério da Saúde

Na capital federal, o parlamentar também participou de reunião no Ministério da Saúde (MS). O encontro, articulado pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), teve por objetivo debater problemas comuns enfrentados por hospitais que compõem a rede filantrópica.

Foto: Vanuza Borges/Assessoria deputado Arilson Chiorato

A reunião contou com a participação da assessora especial da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Amanda Araújo, e representantes da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar).

“Tivemos a oportunidade de apresentar as principais necessidades da rede hospitalar filantrópica e também discutir possíveis soluções para garantir um atendimento cada vez melhor ao povo paranaense”, avalia o parlamentar.

Ainda em Brasília, o deputado Arilson esteve na Câmara Federal visitando parlamentares paranaenses.