Lembrança e luta: 9 anos do massacre do Centro Cívico

Um olhar crítico sobre um dos dias mais sombrios na história de Curitiba, onde a violência do estado marcou a vida de centenas de servidores

Foto: Rodrigo Félix Leal

Em 29 de abril de 2015, o Centro Cívico de Curitiba não foi apenas o centro administrativo do Paraná, mas também o palco de uma repressão violenta e desmedida contra servidores públicos que protestavam pacificamente. Conhecido como o “Massacre do Centro Cívico”, esse dia viu quase 200 pessoas feridas pela ação direta da Polícia Militar, sob ordens do governo estadual.

Os manifestantes, que incluíam professores e outros funcionários públicos, reuniram-se para protestar contra mudanças prejudiciais nas políticas de aposentadoria propostas pelo governador à época.

Respostas e repercussões

A reação do governo diante dos protestos pacíficos foi desproporcional e chocante. Aprovadas às portas fechadas, as mudanças na previdência dos servidores desencadearam um protesto legítimo, que foi recebido com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e até ataques aéreos.

Esse episódio não só marcou os afetados mas também manchou a imagem do governo, demonstrando uma falha grave no respeito aos direitos de reunião e expressão. A autorização para tal nível de força contra civis desarmados revelou uma falta de compromisso com o diálogo e a democracia.

O tratamento dos feridos e a cobertura da mídia local, especialmente as reportagens que detalharam a brutalidade da ação policial, ajudaram a mostrar a severidade dos eventos daquele dia. A repercussão foi vasta, com críticas severas ao governo estadual e apelos por justiça e responsabilização.

Rumo à justiça e à mudança

Anos após o Massacre do Centro Cívico, continuamos a lembrar e refletir sobre as lições aprendidas. A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) reafirma seu compromisso com a justiça, transparência e o respeito aos direitos dos trabalhadores.

Seguimos vigilantes para assegurar que atos de violência como o ocorrido nunca se repitam. Nossa memória é nossa arma mais poderosa na luta contínua pela democracia e justiça social.